sábado, 8 de janeiro de 2011

Crash Landings Snack Bar

Depois de tanto adiar resolvi escrever sobre meu emprego. Se eu tivesse postado no primeiro dia que trabalhei, teria passado uma imagem diferente do que realmente é.

Inicialmente eu estava encantada, seria caixa de um snack bar!
Eu descobri o que era e tive contato com um snack bar pela primeira vez quando estive num resort em Salvador ( ê saudade!). Em vários lugares os snack bares oferecem serviço 24horas, já aqui no Chula Vista o funcionamento é até as 8 em dias de semana e até às 10 nos finais de semana. ( detalhe: este horário é para os clientes, nós funcionários ficamos sempre uma hora depois para deixar tudo limpinho, organizado e reabastecido pro dia seguinte.) Tá, mas ainda não expliquei o que é um snack bar... rs Pois então, snack bar é tipo um quiosque/espaço que oferece lanches rápidos, o que nos Estados Unidos da América significa junk food! rs

Digo que fiquei encantada pq não imaginava que fosse conseguir um emprego de caixa! Não sabia que tinha essa vaga! rs Achei que fosse trabalhar na cozinha preparando alimentos e talz. De qualquer forma sei que o fato de eu ser mulher( no meio de mais 4 brasileiros que trabalham cmg ) me garantiu essa posição! Me encantei tb pq sabia que caixa ganha gorjeta! E b$o$a$s gorjetas! rs --- Esta questão da gorjeta é muito engraçado! No início eu ficava tímida quando recebia gorjetas, ainda mais pq o pessoal não deixa só as moedinhas não, mas notas. Então meu "copinho" ia ficando cheio de notas e eu morria de vergonha! Certo dia, fui dar o troco de 5 dólares para um rapaz, aí ele disse : " keep the change", aí eu?! "sorry?"--- rsrs Nem acreditei quando ele deixou tudo isso de troco... rs Agora já acostumei.. ehehe $$$  --- Vale a pena ressaltar que em restaurantes, os garçons costumam receber 20% de gorjeta do valor total da conta se o serviço tiver superado expectativas, caso contrário recebem 15%!! rsrs --- Último detalhe sobre "tips" : no ticket (a via que vc assina) do cartão de crédito tem um espaço especial para gorjetas!

Antes de continuar o papo, segue uma foto minha de uniforme : -- Por favor não riam da fantasia de Havaí! rs

Eu entre Ivson e Alan ( Recife )

Bom, no início achei que não fosse dar conta! O resort recebe vários hóspedes de vários lugares do mundo, portanto cada um fala o inglês com um sotaque e de uma forma diferente.  (Sem contar os próprios americados com suas peculiaridades! rs ) Meu "ouvido não estava acostumado a ouvir" a língua inglesa de forma tão rápida, muito menos ouvir de várias formas diferentes. Tenho que entender crianças idosos adolescentes adultos americamos britânicos muçulmanos italianos russos árabes etc. E até hoje me sinto reprimida por não conseguir conversar o tanto que gostaria. Me lembro de quando falava com as meninas na Cacau Show que nós devemos afastar a imagem de "vendedora" e "puxar assunto" com os clientes, criando uma esfera mais humana e menos capitalista. Daí eu paro para refletir na importância deste nosso sentido, a fala. Sem ela não existe comunicação! Várias vezes já me senti incapaz ou inferior aqui por não conseguir expressar tudo o que eu realmente gostaria. Mas estes momentos têm sido cada vez mais raros! E mais uma vez, graças a Deus, eu tenho conseguido contornar esta situação e estou me fazendo ser compreendida. Claro que com muito treino e força de vontade. Sabe aquela respirada funda que a gente dá para achar paciência quando mais estamos com pressa? Então, faço isso umas 10 vezes por dia aqui... rsrs

Paciência eu também tenho que ter ao perceber a indiferença do meu chefe comigo. É quase como se eu não existisse! Se eu nao cumprimentá-lo, entro e saio do restaurante sem que ele ao menos olhe para mim. Juro que nao estou exagerando, e não é especificamente comigo, mas com a maioria dos brasileiros que trabalham lá. Acho é que eu sinto mais essa "indiferença".

Meu chefe se chama Calin, deve ter quase uns 40 anos e é romeno. Hierarquicamente falando, abaixo dele existem dois supervisores (este são os que tenho contato direto), a Down (essa deve ter quase uns 50 anos) e o Jan (uns 28). Uma americana e um rapaz que eu soube ser da Iugoslávia, respectivamente.  -- Eles são legais, são mais pacientes e não importam de ensinar as coisas, mas nenhum virou meu amigo não... rs

Tb tem uma galerinha da Moldávia que trabalha lá : A Natalia e o noivo Sergei, a Olga e a Cristina. Soube por elas que em Wisconsin existem vários moldovianos. Todos os 4 são novos, tem em média 22 anos ( mas aparentam ter mais).É comum na Moldávia eles fazerem o mesmo programa de intercâmbio que estou fazendo, só que com uma diferença : não voltam pra casa, acabam ficando ilegalmente no país. Em conversas com elas eu tb soube da facilidade de conseguir um falso visto.

Também trabalham comigo o Alberto da Romênia e o Charles (americano), além do Samuel (Bh), Ary(Londrina) e Diovanni (Rio de Janeiro).

Mais uma foto : meu broche de identificação!


Esse Peru aí em cima já está me irritando! Tem duas Fernanda's intercambistas aqui, e o broche Fernanda Brazil está com a outra Fernanda, que é do Peru. Ainda não trocamos pq por problemas técnicos é preciso confeccionar outro. Mas o detalhe é que a outra Fernanda não tem se importado em ser Fernanda do Brazil. Já eu tenho que ficar explicando para os clientes quando eles perguntam se eu realmente sou do Peru. rs

That is it!

Chega de falar de trabalho né?! rs

Beijooooo!


3 comentários:

  1. Haha, sempre aparecem probleminhas e às vezes problemões, né?! Que bom que você tá conseguindo lidar bem com eles! Sei bem que você deve ser das funcionárias mais exemplares daí!!! rs.
    Aproveita todas as oportunidades de aprender e crescer!!!!!
    beijos!!!!!

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  2. Confesso que eu tento viu Caiôoô! rs O inglÊs dificulta um pouco as coisas, mas se tivesse no Brasil já tinha sido promovida!! rsrs
    Obrigada pelo apoio, adoro vc!!!
    Beijooo =)

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  3. Nossa , você trabalha com um menino do Rio ? Ele deve ser lindo , ele tem um nome lindo ! apaixonei Fê , me apresenta depois . Beijinhos !

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